Entre os dias 13 e 15 de maio, a comunidade Fim de Campos, no município de Boquira, Bahia, foi cenário do Seminário Temático “Agroecologia, Emergência Climática e Convivência com o Semiárido”. O evento reuniu agricultores e agricultoras, estudantes, técnicos e técnicas e representantes de organizações da sociedade civil em três dias de trocas de saberes, práticas sustentáveis e fortalecimento da agricultura familiar agroecológica. 2z3733
A atividade foi promovida pela Associação Divina Providência, como parte do projeto ATER Biomas, em parceria com o Governo do Estado da Bahia, por meio da BAHIATER/SDR. O seminário teve como objetivo ampliar o debate sobre os impactos das mudanças climáticas na vida das famílias agricultoras e como a agroecologia se apresenta como alternativa concreta e viável para convivência com o Semiárido.
Durante o encontro, as juventudes tiveram papel de destaque, como demonstraram as jovens agricultoras Mikaele Almeida e Juscelma Roberta da Silva, da comunidade Fim de Campos. Elas relataram com entusiasmo a experiência dos três dias: “No primeiro dia, tivemos a presença dos professores da Escola Família Agrícola de Boquira, que falaram sobre o dia a dia dos alunos e como cada um pode contribuir para o nosso espaço. No segundo dia, tivemos a visita de uma nobre amiga, Kaline, que falou sobre a produção de cachaça e como melhorar os custos. Foi de grande importância. Estamos muito felizes com esses acontecimentos,” destacou a jovem agricultora.
Giselma completou destacando a importância da visita à EFA de Boquira, no terceiro e último dia: “Estamos aqui hoje na Feira Livre, na Escola Agrícola, com muitos alunos, falando sobre artesanato, minhocário — que é uma novidade lá na nossa comunidade — e outros temas muito importantes. Estamos ricas em conhecimentos e novidades que a gente não tinha. Queremos agradecer pela atenção e pela assistência dos técnicos. Estamos muito felizes com esse acompanhamento,” destacou Juscelma.
Além das falas inspiradoras, o seminário contou com apresentações culturais, rodas de conversa, oficinas, feira de saberes e visitas a experiências agroecológicas na região, reafirmando o papel da juventude, das mulheres e da coletividade na construção de um Semiárido vivo, sustentável e justo.